Abraço calculado

abraça minhas arestas

o medo calculado

tateia meus cantos escuros

um forte desejo de romper véus

cá onde os estilhaços brilham aos cacos,

atraio chuvas, pingando nos espelhos

atravesso adagas na voz

rasgo elos, ato nós

tenho joelhos ralados pela fé

as mãos estendidas em conchas

para colher chuvas

mas esqueço abraços no sereno

onde ainda é permitido sonhar

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 17/01/2006
Código do texto: T100188
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