Quando nem tudo que reluz é ouro!
Esse ditado é antigo,
mas suas consequências atuais...
Confudimos, às vezes, rituais
com solenidades, onde amigo
não é aquele que se diz assim...
Há fundamental diferença
entre o que se diz fé
e o que se mostra descrença...
Quando a farsa cai,
a máscara se mostra,
num vem e vai,
aí a verdade aparece...
Toda a trama se esquece
de tampar a ponta do rabo...
Pois é, isso é uma verdade,
onde o colar da infâmia,
abraça a carne e conclama
toda a mente a meditar...
Não é que é verdade o ditado!
O que reluzia de fato
era a farsa do contato;
era o lado escuro da lata,
que mostrava em bandeja de prata
que o brilho não era real...
Parece burrice e banal,
mas a vida é mesmo assim...
Não há verdade nas costas,
quando palavras são postas
em um quadro de marfim...
O quebrado vidro empresta
à primeira ruga na testa
um visual de campanha...
E à tanta artimanha,
o cenário se contesta...
É verdade a farsa inconteste,
ou vale a pena fazer o teste,
quando brilha na escura veste
o brilho de falso ouro...
Não é bom verificar,
pois quem procura vai achar
o metal danificado...
Deixa que o mundo caminhe,
que as coisas por si apareçam...
Nada é preciso fazer
para que já prevaleçam
as lições que hoje aprendi...
(às 16.59 hs do dia 24/05/2008)