DESPEDIDA

Adeus, querida!...

Outros passarão por tua vida!...

Outros gozarão do teu amor!;;;

Eu... eu levarei em minh'alma inquieta,

esta tristeza, esta dor

dos que amam e partem!...

E teu riso, teu carinho, o teu beijo,

Tudo longe de mim...

Perto do meu desejo!...

Guarda, contigo, querida,

minha triste canção de despedida:

- estes meus versos que, ao rimar, chorei...

- lágrimas tristes que, ao chorar, rimei!...

Guarda-os bem contigo!

Hás de amar outros... muitos outros...

Haverá, porém, em tua vida,

um instante qualquer

em que tu'alma insatisfeita de mulher

sentirá uma tristeza, um "não-sei-quê",

uma saudade...

Relê, então, meus versos!...

Recita-os a ti mesma!...

E virás, talvez, a compreender

aquilo que sofri e não soube dizer!...

Hás, talvez, de chorar, ao recordar,

o romance infantil, sentimental,

ingênuo, confiante,

de alguém que muito amou

e que sofreu bastante...

H[as de pensar em mim,

no meu amor,

ba tua ingratidão,

na minha dor!...

Mas, NÃO!!!...

Rasga meus versos!

Sorri sempre!

Eu não existo!

Esquece o meu calor!...

Supõe que já morri...

Morri de amor!!!...

Julio Sayão
Enviado por Julio Sayão em 18/01/2006
Reeditado em 09/12/2006
Código do texto: T100435