Se há amor prá dar...
Se é prá começar,
como é que vou fazer,
preciso iniciar...
Não dá para fingir,
que eu quero sorrir,
quando eu quero chorar...
Não dá para mentir,
preciso divisar,
aquele modo seu
de me admoestar...
Mas tudo tem valor,
é grande nosso amor,
não dá para estragar...
Se você quer saber,
já não vou me calar,
preciso lhe contar,
é bom desabafar...
Se a mágoa está no peito,
existe sempre um jeito
de a gente melhorar...
Agora, a conclusão
não é do coração,
nem faz desabrochar...
Eu sou aquela flor,
que você já regou
com beijos de amor...
Preciso de seus braços,
jogar fora o cansaço...
O que não quero é dor...
Deixar o amor vencer,
pois é um conquistador,
mas luta em pedestal...
Eu sei não há igual,
batalha mais real,
não importa quem ganhar...
É tão bonito amar,
saber dar o perdão,
saber viver aqui,
poder continuar...
Saber que a vida esvai
é só um passo de lá...
não dá para negar...
Brigar é perder tempo,
o tempo mais gostoso,
o tempo de gozar...
Quanto o tempo é curto,
o coração avisa:
você vai devagar...
Com toda sede ao pote,
o que você consegue
é quase se engasgar...
O amor é tão suave,
precisa que destrave
o nó do caminhar...
Precisa que se diga,
sem medo de perder
a forma mais bonita
de poder se aproximar...
E nâo há vencedor,
também não há vencido,
quando se quer baixar
as armas da vaidade;
que, com sinceridade,
a gente quer mostrar...
Se meu amor é seu,
porque buscar motivo
para se maltratar...
Se é muito mais complexo,
sem côncavo, convexo,
o melhor é se entregar...
Porque deixar o amor,
com sede se matar,
de fome se acabar,
virar inanição...
Eu trago o coração,
nas mãos prá lhe entregar,
eu sei que só você
dele pode cuidar!
(às 11:55 hs do dia 25/05/2008).