Passeio II
Enquanto passavas, fitavam-te as flores.
Estas, de odores e cores bem mais sorridentes
por vestirem, então, do manto argentado,
fulgente, que reluzia pelo firmamento.
Amaram-te, portanto, como aos pássaros.
E como os pássaros, as flores, cujas sementes
as levavam, semeando-as pelos jardins,
agrestes, do ouro belo de seu arco-íris.
Cantavam-te, os lugares, como bem-te-vis.
Vestiam-se, os lugares, como belos pavões.
E as harpas tocadas pelo sol, a clamar
o contentamento de sê-la tão nobre atavio.
Seguia-te, meu olhar, contemplativo.
Perguntava-me, o mesmo olhar, curioso:
se todas as coisas belas,
pois,
passaram a ser,
todas, as coisas,
belas pois,
passaras.