Hora de zarpar
A fábula diz que o
Deus do amor
Escondeu de sua mãe,
Num lindo castelo
O seu amor.
Em meio à escuridão
O erotismo acontece
E a noite agradece tal escolha.
Diz também que quando chega
A claridade
É hora de zarpar.
Escadas, escalda-pés
Para destino
A procura da carruagem
Que já é abóbora.
Sob a rama repousa o amor
A espera da noite.
Meia volta aos beijos
Volta e meia em cada degrau
Subindo e descendo às voltas.
Destinos se entrelaçam como
Trança em cabelos longos.
Escadas sem corrimão
Correr as mãos,
Correr as mãos...