Hora de zarpar

A fábula diz que o

Deus do amor

Escondeu de sua mãe,

Num lindo castelo

O seu amor.

Em meio à escuridão

O erotismo acontece

E a noite agradece tal escolha.

Diz também que quando chega

A claridade

É hora de zarpar.

Escadas, escalda-pés

Para destino

A procura da carruagem

Que já é abóbora.

Sob a rama repousa o amor

A espera da noite.

Meia volta aos beijos

Volta e meia em cada degrau

Subindo e descendo às voltas.

Destinos se entrelaçam como

Trança em cabelos longos.

Escadas sem corrimão

Correr as mãos,

Correr as mãos...

Stela Figueiredo
Enviado por Stela Figueiredo em 29/05/2008
Reeditado em 31/03/2009
Código do texto: T1010597