CÂNTICO I

Aqui estou, em meu território,

enclausurada,

sentindo com minha sensibilidade

o progresso moer e remoer

as ânsias atuais e futuras de todos nós.

Com minha poesia esfomeada,

sedenta de pura realidade,

no isolamento

me desfiz das amarras,

que ainda aprisionam muitos seres.

Consegui e consigo adejar

minhas asas de falena cósmica livre,

alcançando o mais alto da liberdade de pensamento.

Projeto através de mim mesma,

transmito para que matemos as nossas sedes,

as nossas fomes,

deixando-me contagiar pelas amenidades

e processos indolores de meus cânticos,

que refletem o hoje, o agora!

Aninha Caligiuri
Enviado por Aninha Caligiuri em 19/01/2006
Código do texto: T101130