Desafiando o astro

vou desafiando o astro

seguindo sem deixar rastro

me liberto do claustro

e a cada falso passo

rumo ao percalço

que, só, me guia

sem rumo!

e o risco assumo

á noite já não durmo

pois a da lua

serpenteia

por versos sorrateira

esconde-se à beira

de um manto

e eu que não sou santo

estou hoje na rua

por ferir um coração

e e´a solidao mais fria prisão

sou o mais periculoso dos réus

negado seja a este verme os céus

que deixou há muito os quinze

creia não é maluquice

que de longe te contemplo já disse

pinto de verbo

teu semblante qual Matisse

um quadro em branco

que há tantos causa espanto

e vindo dos bancos

apenas o aplauso

me calo,

não falo

poema,algum, não vou dá-lo

minha mente brilha

fervilha

teus braços me envolvem

qual o mar a ilha

e logo cai do rosto a mantilha

espero o Sol pra alegrar

meus dias que até então foram noites

e ao despertar vejo que apenas foste

sonho, quimera, ilusão

eu vivo o conto sem fadas

e minha imaginação teve as asas

pela dor e distancia cortadas

Dou um brinde as palavras

que vieram do intelecto para tocar-lhe a alma.

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Poeta Fernandes
Enviado por Poeta Fernandes em 30/05/2008
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