INVARIAVELMENTE
INVARIAVELMENTE
As estações do ano se sucedem
Mudando o clima
E os homens não impedem
Dia e noite se alternam
Mudando o colorido do céu
E os homens não mudam
A moeda do juiz
Demarca cara ou coroa
E a sorte dos homens está por um triz
A cara triste
Marca um choro contido
A lágrima dos homens é como um pássaro preso sem alpiste
A cara alegre
Mostra um sorriso radiante
É como se os homens andarilhos encontrassem um albergue
Invariavelmente
Tudo varia
O estático só é aparente
Para aprendermos o que é nostalgia
Invariavelmente
Tudo muda
Que apareça a sorte ausente
Do mendigo da rua
Invariavelmente
Novas eras irão surgir
Que as aproveite o homem temente
Antes de ter que partir
Invariavelmente
Não penso só em mim
Penso na humanidade clemente
Que anseia que o sofrimento tenha um fim.