INVARIAVELMENTE

INVARIAVELMENTE

As estações do ano se sucedem

Mudando o clima

E os homens não impedem

Dia e noite se alternam

Mudando o colorido do céu

E os homens não mudam

A moeda do juiz

Demarca cara ou coroa

E a sorte dos homens está por um triz

A cara triste

Marca um choro contido

A lágrima dos homens é como um pássaro preso sem alpiste

A cara alegre

Mostra um sorriso radiante

É como se os homens andarilhos encontrassem um albergue

Invariavelmente

Tudo varia

O estático só é aparente

Para aprendermos o que é nostalgia

Invariavelmente

Tudo muda

Que apareça a sorte ausente

Do mendigo da rua

Invariavelmente

Novas eras irão surgir

Que as aproveite o homem temente

Antes de ter que partir

Invariavelmente

Não penso só em mim

Penso na humanidade clemente

Que anseia que o sofrimento tenha um fim.

Alma Collins
Enviado por Alma Collins em 31/05/2008
Código do texto: T1013922