POR UM TRIZ

Se por minhas penas peno,

apenas, talvez, suspiro

um pouco por duras penas.

outras leves como penas.

Bem sei, o que em mim condeno

estas rondas estes giros

tom a subir escala

em um dó de poetar

a versar pelo vulgar,

pela flor, amor e dor

na mesma tecla e lugar.

Pouca coisa me abala

e bem pouco o que me cala

pelo vício de cantar

no inusitado da pena.

Não de dó, talvez do espirro

entre a boca e o nariz

por um triz, quase uma dor,

por um nada, por um triz

quase me morro de amor.

Elane Tomich