Opressão

As luzes vermelhas me atormentam.

Os postes lançam sombras no asfalto

De mãos prateadas.

Preciso de espelhos

À esquerda, à direita

Acima de minha testa.

Três medos para trás.

Agora vou eu observar o teto.

Na janela pode chegar a vil criação.

Na rua, chego ao meu destino?

(Bom seria se soubesse

Pra onde o outro vai...)

Foram umbigos

Dementes. Ambiciosos.

Que me tiraram a placenta

De minha mãe verde água.

Joana de Alencar
Enviado por Joana de Alencar em 03/06/2008
Reeditado em 24/07/2008
Código do texto: T1018176
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