Janelas da alma
Era de um colorido forte meu senhor,
Seus dias de fútil encantamento,
Menos que realidade supunha.
Mais que desbotar eu diria, se fizeram nus
Convivendo com a liberdade dos anos
Não ficou retido nem numa tela pois morreu
De aflição e angústia, lavado diariamente
O sol que recolheu dos meus olhos vivos.
Hoje não há como provar que um dia viveu
Esse par de janelas perdidas para infinito.