Parolas! - II

Crescem as listas das chaves perdidas,

Caneta furando o olho na face avulsa & áspera,

Soltou a cena com a contra-cena nem imposta,

Vestiu a figura de linguagem & saiu sem vacilos,

Olhando por onde a marca deixava feito oração,

Um riso agradecido para cada moeda recolhida,

Entrou de passageiro, mas tomou conta a tempo,

O olho vive ainda buscando novas melhorias,

Sacola azul de talismã entre novas variantes,

Outro riso para cada linha recuperada também,

A tônica que toca a sina de abrir o coração,

Enquanto o vento a cara bate, la vem outra chave,

Permanentes ou passageiras, sobras de balcão,

Mais uma voz que expurga as próprias lamúrias,

Dividendos & devedores no equilíbrio da razão,

Para sentir a vida que pulsa além de um quadro,

Qualquer que seja a janela refletida, vida,

Não, não chore antes do tempo, tem alguma luz,

Novas cenas se descortinam na próxima manhã,

Para uns faltam rimas, para outros tudo falta,

O corte que a fuga faz da faca imolada,

Chaves, moedas & apreços, a idéia é viver!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 06/06/2008
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