Maldita Poesia
Rasgo as felpas da poesia
Escarro nas flores das fantasias
Piso nas vãs utopias
Sujo a boca de nostalgias
Apunhalo a hipocrisia
Não quero mais saber de poetar
Não preciso do falso brilho do luar
Esqueço a palavra sonhar
Rejeito o beijo de mel
do tal verbo amar
Abraço a realidade cruel
É mais salutar
O fel posso degustar
Não tenho medo de me envenenar
Ah! quantos dissabores a poesia me deu
Nos versos e nas rimas meu destino teceu
Agora quem dá às ordens sou eu!
Poesia maldita prá mim você morreu
08/06/2004