Maldita Poesia

Rasgo as felpas da poesia

Escarro nas flores das fantasias

Piso nas vãs utopias

Sujo a boca de nostalgias

Apunhalo a hipocrisia

Não quero mais saber de poetar

Não preciso do falso brilho do luar

Esqueço a palavra sonhar

Rejeito o beijo de mel

do tal verbo amar

Abraço a realidade cruel

É mais salutar

O fel posso degustar

Não tenho medo de me envenenar

Ah! quantos dissabores a poesia me deu

Nos versos e nas rimas meu destino teceu

Agora quem dá às ordens sou eu!

Poesia maldita prá mim você morreu

08/06/2004

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 07/04/2005
Código do texto: T10239