Poema da Eternidade

Poema da Eternidade.

Levo-a sempre dentro de mim,

Entre as sombras serenas das estradas,

Em meio ao segredo doce das romãs, dos alecrins,

Levo-a sempre dentro de mim.

Ainda que o fardo da saudade

Faça mais pesada ser a caminhada.

Levo-a sempre dentro de mim,

Nos olhos, no peito, na pele tatuada,

Nas orações de todo nascer do dia,

Nos segredos, nos meus poros, na poesia,

Onde outro amor, nenhum amor, mais caberia.

Levo-a sempre dentro de mim,

Com a alma renovando-se a cada estação,

Com o tempo amadurecendo o coração,

Com a lembrança mais viva da tua imagem

Em meio ao segredo doce das romãs, dos alecrins,

Atravessando as portas, as pontes, os portos,

Até que a vida se faça, se cumpra, e me leve enfim,

Eu sempre a levarei dentro de mim.

Tonho França.

Tonho França
Enviado por Tonho França em 22/01/2006
Código do texto: T102514