Inveja


Das criaturas sedentas que vagam nas trevas
Teus olhos de noite são seios robustos
O ardor ofereces de entranhas malignas
Tu nutres gargantas sedentas de luto

Alimentas de ódio o monstro horrendo
Que das gentes extrai sangue e esperança
Do amor verdadeiro tu és a ausência
O grude que cerra risos de crianças

Tu és um demônio montado em ancas
No dorso deslizas d`um eqüino alado
Veloz corta céus ultrapassas montanhas
Semeias nos vales das almas pecados

Trazes rente à testa teus olhos imensos
Que almeja pra ti o que a outro pertence
O alheio triunfo te fere e atormenta
Tu és a inveja infame e doente

Elenildo Pereira
Enviado por Elenildo Pereira em 08/06/2008
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