Inveja
Das criaturas sedentas que vagam nas trevas
Teus olhos de noite são seios robustos
O ardor ofereces de entranhas malignas
Tu nutres gargantas sedentas de luto
Alimentas de ódio o monstro horrendo
Que das gentes extrai sangue e esperança
Do amor verdadeiro tu és a ausência
O grude que cerra risos de crianças
Tu és um demônio montado em ancas
No dorso deslizas d`um eqüino alado
Veloz corta céus ultrapassas montanhas
Semeias nos vales das almas pecados
Trazes rente à testa teus olhos imensos
Que almeja pra ti o que a outro pertence
O alheio triunfo te fere e atormenta
Tu és a inveja infame e doente