De um morto à vida
Passei por ti e parti
Muito chorei, pouco sorri
Quero agradecer, oh vida!
O quase nada do nada que vivi
Amei mulheres, belos quadris
Amei as noites, vinho bebi
Mas não me acuses, oh vida!
Não me aproveitei de ti
Ofereceste-me amores sinceros
Por irresponsável os perdi
Deste-me família, muitos irmãos
Bem maior que sempre esqueci
Não beijei a face do meu pai
Não disse te amo, me arrependi
Não afaguei os cabelos de mãe
Transmutei álcool em lágrimas febris
Provei do teu sal, vida
Podendo não ser, fui infeliz
Mas não me acuses, oh vida
Não me aproveitei de ti