De um morto à vida

 

Passei por ti e parti

Muito chorei, pouco sorri

Quero agradecer, oh vida!

O quase nada do nada que vivi

 

Amei mulheres, belos quadris

Amei as noites, vinho bebi

Mas não me acuses, oh vida!

Não me aproveitei de ti

 

Ofereceste-me amores sinceros

Por irresponsável os perdi

Deste-me família, muitos irmãos

Bem maior que sempre esqueci

 

Não beijei a face do meu pai

Não disse te amo, me arrependi

Não afaguei os cabelos de mãe

Transmutei álcool em lágrimas febris

 

Provei do teu sal, vida

Podendo não ser, fui infeliz

Mas não me acuses, oh vida

Não me aproveitei de ti

Elenildo Pereira
Enviado por Elenildo Pereira em 08/06/2008
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