Desejos de um Poeta
Que meus versos rasguem o útero do mundo
Morram nos braços da utopia
Descansem na melancolia
Beijem o orgasmo em letargia
Que no seio da poesia
todas as palavras engravidadas
desabrochem nas vãs filosofias
Que os sonhos abortados
crucificados e castrados acordem
no coração das elegias
Que a dor que agora sinto e
derramo no papel
Possa pintar o céu
de um louco sonhador
Que as letras machucadas
sejam ressuscitadas em líricos poemas de amor
Voem nas asas de um lindo beija flor!
02/08/2004