Poema ao desencontro

A chuva fina cai sobre meu rosto

Caminho cada vez mais devagar

Tenho o vento frio por companhia

Ninguém nota minha presença

Triste e solitária

Que vaga pela rua, sem destino

Lentamente, receando chegar logo

Aonde quer que seja

Não posso ser mais triste

Do que esta tarde, em que você não veio

Não posso Ter maior vazio

Do que aquele que restou

De nosso desencontro

Assim, caminho cada vez mais devagar

A chuva é solidária, companheira

Percebe o que sentindo estou

Deixo que o vento leve para bem longe

Sua lembrança, que agora se desfaz

Na poça que a chuva formou...

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 08/04/2005
Código do texto: T10282