Paradoxo

Meio dia e meia da noite

O barulho da rua

Buracos escalvados

Circunda uma melodia solar

Corta-me!

Corta-me!

A lâmina do sol escuro esfaqueia

O vento que queima

A pele do asfalto

O dia corre suado

Atrás do espectro do eu sofrido

E,agora não mais que a tarde

Vou vestir o vulto da noite

E,na alcova

Descansar da fadiga da madrugada!