O PORQUÊ
Fechada no meu quarto, sinto a chama
do amor fascinado, que me consome...
O coração desesperançado de quem ama,
alguém que eu sequer,decifro o nome.
Em devaneios de viver o tênue abraço,
estendo as mãos ao ar na ânsia louca...
Sinto-me de súbito, presa ao frouxo laço,
que logo se desfaz por corda pouca.
Com sintomas de saudade chego ao pranto,
olhos marejados, o coração a palpitar...
Percebo ao redor que estou só, ao canto.
Saio do quarto, fecho as cortinas chorando,
só sombras espalhadas a me acompanhar...
Não sei ao certo, o porquê de sonhar tanto.