O PORQUÊ


Fechada no meu quarto, sinto a chama

do amor fascinado, que me consome...

O coração desesperançado de quem ama,

alguém que eu sequer,decifro o  nome.

 


Em devaneios de viver o tênue abraço,

estendo as mãos ao ar na ânsia louca...

Sinto-me de súbito, presa ao frouxo laço,

que logo se desfaz por corda pouca.

 


Com sintomas de saudade chego ao pranto,

olhos marejados, o coração a palpitar...

Percebo ao redor que estou só, ao canto.

 


Saio do quarto, fecho as cortinas chorando,

só sombras espalhadas a me acompanhar...

Não sei ao certo, o porquê de sonhar tanto.

 

 

 

 

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 11/06/2008
Reeditado em 11/06/2008
Código do texto: T1030237