Espelho do Amor
Um olhar perdido num horizonte certo
Buscando entender os rumores da paz
Quisera conhecer as horas de perto
E abraçar as coisas que o tempo faz!
De resto imagina a imensidão do nada
Sonha triste o sonho dos que esperam
Inventa cenas de uma tarde ensolarada
E segura firme as mãos que se perderam!
Divaga febril na noite recém caída
Desejando que a lua espelhe sua alma
Mostrando à solidão que mata uma saída
E depois disso lhe penetre a calma!
Mas que insana ousadia essa agora
De querer em tudo uma lamentável dor
Prá entender que o que se foi embora
Não é o pior nem o melhor, nem amor!