Quando chove o sertão muda o semblante se reveste da cor da esperança

No verão o sertão é desingano

Só se ver árvores secas sem folhagem

Quando chove é bela a paisagem

Se repete essa cena a cada ano

O roceiro se anima e toma plano

Vai pra roça com amor e confiança

Aliado com toda vizinhança

Cada um cava a terra confiante

Quando chove o sertão muda o semblante

Se reveste da cor da esperança

A pastagem se eleva urgentemente

A folhagem escurece o serrado

Na caatinga cada galho é emendado

Flores lindas encantam o ambiente

As aves gorgeiam alegremente

A ramagem com o vento se balança

Jitirana se contra e forma trança

Capim verde pra o gado é abundante

Quando chove o sertão muda o semblante

Se reveste da cor da esperança

Edgar Ramalho de Freitas
Enviado por Edgar Ramalho de Freitas em 14/06/2008
Código do texto: T1034314
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