Eu choro...

Choro com as lágrimas invisíveis,

Choro com o pranto adormecido.

Um chorar de gemidos inconcebíveis,

Um chorar de um poeta não vivido!

Eu choro!

Se meu chorar te alegra ou entristece,

Não sou eu a controlar teu sentimento.

Mas se a mim o controle a ti parece,

Por um feitiço ou encantamento,

Roga, pois, a Deus a tua prece

A livrar de mim teu pensamento!

Eu choro.

Vidal, 14-05-2003