Alva Manhã

Hoje o dia desperta vagaroso, quase temeroso

Olha em volta, em cada ponto

A fria noite vai saindo sem deixar marca

O sol, amante do que é novo, renasce

É ao som de uma nobre canção

Quase sente ter coração

Ao ver que sente saudade

Do que pode ser verdade, enfim...

Sim, todos nós, voluntários destruidores da beleza

Inimigos da natureza

Filhos sem rumo nem alusão

Farsantes visionários de um tempo morto

Celebramos nossa loucura

Festejamos nossa Insidiosa gana

Pisamos na grama

6:30 da manhã ...

Paro frente a janela

Ponho meu jeans, visto minha máscara

Saio pelas ruas, sem uma única razão

Choro por dentro, fingindo sorrir

Ninguem me vê, morrendo aos poucos

Nem mesmo sabem quem sou

Faço uma canção, talvez pra gritar liberdade

Ah, juventude, infinitude, o eterno medo de tudo ser um engano

Eu escrevo odisséias, peripécias

Sou poeta, pra não dizer fugitivo

Sou meu maior inimigo

Ou um bom amigo

Surto de memória

Lágrima divina

Flores à rotina

Ao meu amor à elegia

À simples melodia, desses dias vazios...

Tomverter
Enviado por Tomverter em 17/06/2008
Reeditado em 06/08/2008
Código do texto: T1038575
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