Noites púrpuras - II
De Mariza Brasil


Incandescência das noites púrpuras
vêm-lhe à mente e a bailarina sorri,

entregando-se à dança e ao momento
que a levam a enxergar
os movimentos cênicos guardados

dentro de um quarto assombreado,
quando vinha através do adejo de maio
o amor dela e, embevecida,

se sentia próxima ao desmaio.
Curva-se a bailarina em agradecimento.
Curva-se junto à ela a saudade leal

que a companhou a cada movimento,
como peça integrante do bailado e da vida.
Ambas se dão às mãos em busca de alento

para o púrpuro coração em lamento
por tantos pensamentos que vieram
com o orquestrado pé-de-vento.

Mariza Brasil
Chicago, 30-05-2008
Direitos autorais registrados.

Para a minha querida amiga Chéri (Meriam Lazaro), parceira de duplicações e dona de versos que tanto me encantam e me levam a imaginar a imensidão de su’alma.
~*~

Mariza, a honra é toda minha em publicar aqui seu lindo poema a mim dedicado. Estou muito feliz e grata pelo seu carinho e amizade. 
Beijos, Meriam




Imagem do google

meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 18/06/2008
Reeditado em 10/03/2010
Código do texto: T1040127
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