CÓRREGO ATROZ


Rio, que navega errante para o mar,

afluente parceiro de meus desamores,

pelas margens ribeirinhas vai sem parar,

carregado de  minha solidão e dores.

 

Nas águas mansas vai desaguar...

Manchas negras, que traz em seu leito,

não se lembra mais o espaço de amar,

corroído pelas chagas de seu peito.

 

Em lágrimas, vai cruzando o caminho,

traz a saudade, que corrói num instante

nas profundezas escuras da dor e agonia.

 

Assim o rio vai, seguindo em desalinho,

águas turvas,que voam rápidas,incessante...

Sobre a areia inabalável da poesia.

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 19/06/2008
Reeditado em 19/06/2008
Código do texto: T1042407
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