PRENÚNCIO


Águas límpidas que lavam-me a alma,

ao amanhecer de mais um dia nublado,

reconstruindo o que sobrou de calma,

das turbulências de dias passados.

 

O ar que respiro é mais venturoso,

no inverno de minhas manhãs sós.

Pressinto espaço de sonho grandioso

na primavera,que trará enfim mil sóis.

 

Reconstruo minha estrada a cada dia.

Tiro pedras em emperram o caminho,

luta árdua em mim que dói demais.

 

Colho flores para espantar a agonia,

enfeito a passagem dos versos da poesia,

percebo  a aproximação da minha paz.

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 22/06/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T1046253
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