Pouso de Poesias
Depois dos beijos, e tantos desejos
Sobrou o pecado disvirginado
Na boca escandalosamente louca
Que anoitece pura como uma prece.
Não prova mais carícia com malícia;
A ave antes canora, virou senhora
Sibila súplicas tão suas, tão únicas
Gorjeia sem ansiedade a sua saudade.
Gagueja versos sombrios, com choro macio
Nunca mais uma paixão, morreu sua emoção.
Em vida sepultada, agora é um nada
Cria e recria o dia em poesia.