APENAS UM DIVAGAR AO CAIR DA NOITE

Vento suave a dançar essa imensidão

brisa suave penetrando

trazendo as lembranças do além mar

saudades do tempo que se finda

dos anos que perdemos

no vazio e na inércia.

Palavras jogadas ao vento

que dispersaram por esse imenso universo

sempre em busca de respostas

que somente o tempo poderia lhe dar.

Tempo andado no descaso

nas incertezas dos caminhos tortuosos

que a nada levavam

apenas a um simples deambular

perdidamente

sem retas, curvas,métricas

ao léu de si.

Caminhadas, simples caminhadas.

Vida

vivida latejada e sentida

dilacerada e sangrando pelos poros

pelas veias dilatadas

dos açoites

das chibatas

e mordaças que nós mesmos carregamos

por ignorância

pela incapacidade de não amarmos

como devíamos

e nos perdemos no caos.

Ar... Suave brisa a repor

vida, novo ser

que como Fênix ressurge

do nada e se faz

em brasa viva

clamando vida

buscando sua essência

na terra vermelha

cor de vida

cheiro de sangue

amor

paz.

Eis os caminhos da vida

eterna busca do absoluto e total

encontro com o seu eu verdadeiro.

Tempo amado tempo

que tudo nos ensina

a caminhar

a amar

a sermos nós

loucos insanos

sem máscaras

sendo essência pura e verdadeira

Hoje nesse dia que se esvai lento

apenas uma coisa a dizer

Gracias a la vida.

- Zelisa Camargo -

26.06.04

21.51

ZEL
Enviado por ZEL em 02/01/2005
Código do texto: T1053