O VELHO G&E
O ventilador da biblioteca traça,
em pêndulo eólico,
um mapa invisível. Distribui
seu aceno simbiótico entre livros . Emite
um grito que o vento abafa,
enquanto uma flanela encalmada
acaricia sua aranha ferrenha.
Gotas de um óleo balsâmico o revigora,
mas abisma a poeira amiga, que o afaga
nas noites sem sopro, de silêncio
consorte. E assim, efígie do tempo,
aguarda a sua condição humana,
quando a manhã o torna poesia.
www.alfredorossetti.com