Arremates n'alma

Passado de cheiros podres

E gosto amargo na boca

Rasgada por recortes de tesouras afiadas

Remata, arrebata um visgo rouco

Que, de nada, um pouco ausente

Fez-se louco

Pus-me a buscar resposta à vida

Firme, apressada

Fiz-me pungente

Sustentei apregoado véu de sombra

E, em meio à luz,

Sorri, ardente

Vulcão de cores

Voltei à tona

Busquei descoloridas cores

Repintei-as uma’uma

Pincei as fitas

Uni retalhos

E de arremate,

Cicatrizei a alma!

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 05/07/2008
Código do texto: T1066301
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