sem título

Quando bato com seu olhar

Corre o dia em distinta sintonia.

É outra contagem.

Tudo se descola, se desloca

Como bolha de sabão no vácuo.

(Um efêmero simulacro de consolo,

Cai a ronda de sua visão predadora.

Rasga-se palco, se desbrava bastidores,

A fera acuada sussurra traiçoeiramente.

O suposto suspeito passa a ser a vítima,

As vestes vão ao chão

Com um toque místico,

Cai-se o pano e tudo escurece.

O inesperado não faz parte do jogo,

É unicamente a chave que dá partida).

Quando bato com seu iluminar

Firo minha retina a esvair em carências.

Encontra o chão a minha insignificância,

Já tão rotulada de pura inocência.

jeferson bandeira
Enviado por jeferson bandeira em 06/07/2008
Código do texto: T1067138
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.