Os Nomes

Aqui viemos soletrar os nomes, o nome do silêncio - absortos sob um céu de estrelas suspensas pelas pálpebras. Aqui viemos com os olhos demolidos na certeza dos lugares onde não voltaremos, não voltaremos perdidos na neblina de emoções que foram torrenciais. Os nomes: do mar, das árvores, deste dia cintilante, ou da solidão brilhando na chuva plúmbea. Os nomes como um sulco pela debilidade atmosférica. Uma realidade que inventamos com as sílabas disponíveis e não teremos aqueles instantes agora expostos no deserto da nossa sombra.

Carlos Frazão
Enviado por Carlos Frazão em 07/07/2008
Reeditado em 14/05/2013
Código do texto: T1068923
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