Espelho quebrado

O espelho, posto em moldura,

Da minha vida foi quebrado,

Um Caco triste de amargura

Que já não pode ser remontado.

Fitei-o outra vez ali despedaçado

E olhava-me o vítreo de pele dura,

Refletindo histórias do meu passado

Acusando-me rígido e sem compostura.

Pude ouvir o debochado gargalhar

Saltando em reflexos cínicos pelo ar,

Dando piruetas a minha frente o plasma,

E agora – Senhor, que já não estou inteiro

Não vou resistir ao olhar zombeteiro

Nem a sombra do meu próprio fantasma.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 08/07/2008
Código do texto: T1070185
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