Exílio
Exílio
Tua história tem vida e poesia
Poesia que se vai pelos ares,
Dos tempos idos de memória fria
Nas letras eternas dos cantares.
Pergurtar-te ninguém ousaria
Das angústias e de teus pesares,
Este persistente travo de agonia
Escrito de palavras duras e vulgares.
E do que escreveste nada resta
Tuas palavras foram atiradas ao vento
E a paz já não vem em teu auxílio,
Agora distante poesia cai pela fresta
Entre as nuvens de um céu cinzento,
Como chuva de lágrimas tuas no exilio.