Renascer
A tarde morre quando se renova
A noite;que estrelas alvejam,
São cristais de briza suspirosa
Serenando as sementes que ali vicejam.
Há um prenúncio de noite luminosa
Espelhada nas águas que rumorejam,
Perdidas nas trevas que a negrejam
Sem no entanto tornar-se tenebrosa.
Derrama seu choro silencioso e inocente
Pois as nuvens assim também choram
Pra regar e germinar uma nova semente,
Caídas as pétalas o tempo as descoram
Arrastadas vão-se sobre a água corrente
Enquanto flores mortas, para renascer esperam.