RIOS OPOSTOS

RIOS OPOSTOS

Corremos na mesma direção

Carregamos feridas e cicatrizes,

Cacos de cada coração,

Com um só objetivo: sermos felizes.

Tuas águas claras, de teu manancial,

Fonte de beleza e luz,

Resplandece em teu leito colossau,

A estrela que nos conduz.

Eu sigo um ritual profano

Turvo, turbulento e imundo,

Vou pelos becos dos desenganos

Absorvendo prá mim, todas as dores do mundo.

E no paralelo da bem-venturança,

No texto escrito pelas mãos divinas,

Seguimos oposto, mas com a mesma esperança,

De recomeçarmos, onde o rio termina.

LUIZ AUGUSTO DA COSTA