Auxílio dos olhos

Quem me dera abrir os olhos e ver-te

a dormir do meu lado, perdida nos meus sonhos.

É esse desejo que me dá, de sempre estar perto

dessa atmosfera reconfortante, esse ar puro de moça.

Quero sempre a alegria de te por em vista

pra contemplar cada gesto, trejeito e desajeito.

Como almejo chegar, de onde for, pra te ter,

te devorar feito noite que engole dia.

Que vontade de várias vontades em mim contidas,

o desejo de inúmeras possibilidades em espera.

Os intuitos, os anseios, devaneios, apetites.

Em mim, sobra o receio da quimera não se erguer,

a súplica do querer ser findado como certo.

Mas, se a vontade ficar em aspiração

que meus olhos não se abram

e permaneçam sempre na constatação

de que o melhor seja imaginado.

Caio Augusto
Enviado por Caio Augusto em 13/07/2008
Reeditado em 11/10/2009
Código do texto: T1078631
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.