POETA MAL AMADO

Ó poeta porque rimas

O que de tua alma sai?

Ó poeta porque choras

Nesta vida que se esvai?

Nesta terra onde moras

Nem sempre tuas rimas

São amadas, apreciadas

Alguém me disse um dia

Sobre uma minha poesia

O que agora vos vou dizer:

"Não tem mais nada que fazer?"

Mas eu na minha constância

Sei que foi por ignorância

Inveja mesmo mesquinhez

Essa pergunta indelicada

Que entristeceu meu ser

Prova ainda mais uma vez

Que um poeta encanecido

Qu'em verso rima a vida

Que pôe sua alma na rima

Nem sempre é compreendido

Nem sempre serà amado

E até mesmo desprezado

Em tempos idos aconteceu

Com o maior poeta português

Luiz de Camões Lusa glória

Poeta era em vida mal-amado

E em imensa miséria faleceu

No tempo em que ele viveu

Alguns também disseram dele

"Não tem mais nada que fazer?

E segundo a nossa história

Não hà poeta maior que ele

Que pôs nos Lusíadas que escreveu

Sua alma Seu coração e Seu ser

A sua amada Pàtria engrandeceu

E pela sua mais bela obra morreu!

Victor Alexandre
Enviado por Victor Alexandre em 04/02/2006
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