SOU TODA FORMA DE GUERRA
Sou tragédia secular que assombra a humanidade.
Língua áspera de areia que lambe o rosto da paz
E a primeira a cuspir minha flecha de amazona.
A que disfarça ambições dos senhores insensatos
E ecoa entre as masmorras, cativas da ignorância.
O mundo inteiro ouviu, o soar dos meus tambores
E o céu, muitos gemidos, sufocados nas trincheiras.
Finquei em cada nação, a cor da minha bandeira
Deixando em cada lugar, só espanto e cicatrizes
Que conheceram de perto, minhas noites sem fronteiras.
Lutei contra todo acordo, disseminei muitas dores.
Parindo todos os filhos, reguei meu sangue na Terra.
E assim eu sigo amando, feliz a cada conflito.
Que acontece nos campos, nas ruas e tantos lares...
Sou todo tipo de guerra e cresço sem me dar trégua.