SOU TODA FORMA DE GUERRA

Sou tragédia secular que assombra a humanidade.

Língua áspera de areia que lambe o rosto da paz

E a primeira a cuspir minha flecha de amazona.

A que disfarça ambições dos senhores insensatos

E ecoa entre as masmorras, cativas da ignorância.

O mundo inteiro ouviu, o soar dos meus tambores

E o céu, muitos gemidos, sufocados nas trincheiras.

Finquei em cada nação, a cor da minha bandeira

Deixando em cada lugar, só espanto e cicatrizes

Que conheceram de perto, minhas noites sem fronteiras.

Lutei contra todo acordo, disseminei muitas dores.

Parindo todos os filhos, reguei meu sangue na Terra.

E assim eu sigo amando, feliz a cada conflito.

Que acontece nos campos, nas ruas e tantos lares...

Sou todo tipo de guerra e cresço sem me dar trégua.

Ceres Marylise
Enviado por Ceres Marylise em 04/02/2006
Reeditado em 14/10/2006
Código do texto: T108028