Sangrando
Ferida aberta que não cicatriza
Derramando pelo chão, o sangue,
De uma dor que atiro e como bumerangue
Sempre volta e me descamisa.
O vento nascido de uma briza
Que insistente, atira no mangue,
As gotas vermelhas do meu sangue
Que o frio da madrugada frisa.
Meu corpo é apenas naco de carne
Que a terra há de devorar podrida,
Após abandonar-me a vida e a dor,
Que um dia minha alma encarne
Um corpo curado desta ferida,
Deixada pela morte de um amor.