Sangrando

Ferida aberta que não cicatriza

Derramando pelo chão, o sangue,

De uma dor que atiro e como bumerangue

Sempre volta e me descamisa.

O vento nascido de uma briza

Que insistente, atira no mangue,

As gotas vermelhas do meu sangue

Que o frio da madrugada frisa.

Meu corpo é apenas naco de carne

Que a terra há de devorar podrida,

Após abandonar-me a vida e a dor,

Que um dia minha alma encarne

Um corpo curado desta ferida,

Deixada pela morte de um amor.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 15/07/2008
Código do texto: T1080862
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.