POEMA DO SILÊNCIO
Vive, em mim,
Sem princípio e sem fim,
O silêncio.
Absoluto monarca
Por sobre gestos e fatos –
A marca indissolúvel
Da minha alma.
Há tantas vozes para o meu canto,
Mundos demais para vôos astrais,
Esperança, muita, para singrar
Oceanos de quimeras.
Ora, basta-me o poema,
Nascido na ausência de som,
Para tecer certo enredo
E voltar, outra vez,
Ao taciturno degredo.
© Jean-Pierre Barakat, 05.02.2006