Morte e vida de qualquer severina...
...
Morre-se todas as noites assim que os olhos se fecham... E num mundo paralelo se renasce antes de o dia nascer... A vida que ali se vive enquanto aqui se morreu muitas vezes é a morte que se deseja para o que aqui se viveu...
Por isso os devaneios
repetem-se
reciclam-se
renovam-se
revivem
e recobram
naquilo que se chamamos sonho
(que é vida)
que se finda ao brilho da luz antes de novamente chegar a noite...
e sentirmos o fim...
... E tudo isso ocorre enquanto mais um dia da chamada existência (de alguém) no final da rua apenas se aponta...
(Adriana Luz – 16 de julho de 2008)