Meus Versos

Não quero calar minha voz

Quando quero virar-me ao avesso:

Meus versos são meu próprio algoz,

Meus versos são meu aconchego...

Dispenso a lágrima veloz,

E abraço o choro incontido:

Meus versos são cheios de nós,

Meus versos são um doce alarido...

Não quero estar-me a sós,

Eu comigo mesmo ao espelho:

Meus versos são mais de mil sóis

Na escuridão de mim mesmo.

07 de janeiro de 2006