Boto fé
Marejam meus olhos
Olhando a linha distante...
Sem fim, nem começo,
Aonde ela vai me levar?
Desejam meus olhos,
Molhando meu rosto radiante -
É neles que peço
Alguém para amar...
E cada grão de areia
É um pouco da minha história,
Sem honra, sem glória,
Os conto sem nunca cansar...
E cada gota d’água
Que, do oceano, me toca,
São lágrimas que, boto fé,
Nunca mais vou chorar...
Adeus, tristeza,
Acabou a festa,
Uma estrela na minha testa
Vai brilhar...
Adeus, não insista,
De você o que resta
É apenas a certeza
De que nunca vai voltar.
08 de janeiro de 2006