O Quarto
Em um cômodo escuro
Entro com meus medos e o tranco,
Mais um dia como mais um dia
E poderei farejar a insanidade.
O fascínio conquistado a custa de uma imagem a cuidar.
O círculo um dia se fechará
E neste quarto, com meus medos
Eu me sentirei seguro
E passarei a noite com cada um deles
Dormindo tranquilamente em sono pesado.
Sono este reivindicado
Pela leveza leviana
Deste todo desgraçado...
Agora sinto seu perfume:
A insanidade está presente!
E o futuro e o passado me são dados por ela,
De presente.
Após a glória de conhecer o que não devia,
Faz então o insano
Da genialidade, loucura
E joga a chave do quarto fora.
Agora presos aos seus medos
O gênio, o insano, o louco e o normal
Não passam de
Iguais.