tolos

aplauso aos novos valentes Ícaros

que se lançam em cegos vôos.

e de novo, sem que se perceba a banda de pífaros

toca agudas melodias, de tantos enjôos

ajunta em banquete, ratos e tolos

com risos altos e estridentes;

imbecis alimentados por miolos

súcia de bastardos sobreviventes.

sem vôos e sem asas revelam

a aridez dos passos nos pés rachados,

têm ouvidos moucos os desafinados,

nunca sonharam alçar os céus

devoram com avidez o que regurgitam;

pobres estampas sem véus,

nunca passarão de criaturas

sem alados sonhos perseguirem;

uma platéia de iguais figuras

que na ânsia de só engolirem,

jamais provarão o gozo do vento

nem a tentativa da empírica construção

de serem Ícaros por um único momento,

nessa grostesca forma sem evolução..

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 09/02/2006
Código do texto: T109943
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