tolos
aplauso aos novos valentes Ícaros
que se lançam em cegos vôos.
e de novo, sem que se perceba a banda de pífaros
toca agudas melodias, de tantos enjôos
ajunta em banquete, ratos e tolos
com risos altos e estridentes;
imbecis alimentados por miolos
súcia de bastardos sobreviventes.
sem vôos e sem asas revelam
a aridez dos passos nos pés rachados,
têm ouvidos moucos os desafinados,
nunca sonharam alçar os céus
devoram com avidez o que regurgitam;
pobres estampas sem véus,
nunca passarão de criaturas
sem alados sonhos perseguirem;
uma platéia de iguais figuras
que na ânsia de só engolirem,
jamais provarão o gozo do vento
nem a tentativa da empírica construção
de serem Ícaros por um único momento,
nessa grostesca forma sem evolução..