Pastor de desencantos

Recolho lagrimas tristemente derramadas

Acaricio a face dos olhares esquecidos

Dou as maos as esperancas emborcadas

Contenho a solidao dos sonhos perdidos

Abraco terno as tristezas mais singelas

Zelo a aridez das paixoes desmedidas

Tomo conta dos amores desgracados

Acalento as eternas desesperancas

Guardo ausencias dos que se foram

Me guio pelo desencantos dos olhos

Eu tomo conta do dia, eu zelo a noite

Acendo boa lamparina em alma escura

Sob guarida da minha rima

Sob tenda da minha pena

Evito a loucura do suicidio

Dou alento aos vencidos

Eu dou conforto os fracos

Dou mao e ergo os caidos