O AR DA TUA GRAÇA

Uma palavra no colo,

um ombro no papel.

Um céu derramando

remédio.

Um tédio na vidraça,

que logo passa com o

ar da tua graça.

Um não querer, que deseja.

Um verso que boceja teu sono,

de poeta.

O que alivia, é pensante.

O que desarruma, é pulsante.

Fazer o quê?

Se a palavra pula da boca,

e ainda sonolenta, rouca e

insensata alimenta-se do

ar, da tua graça...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 29/07/2008
Reeditado em 29/07/2008
Código do texto: T1103279
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